O objetivo deste artigo é analisar os processos de construção de identidades trabalhistas dos destinatários do Programa Ingreso Social con Trabajo, em conexão com sua participação e adesão das cooperativas estabelecidas pelo programa. Considerando que trata-se de experiências de trabalho promovidas por uma política social, investiga-se em que medida a identidade é definida em relação a aquela politica e quanto refere-se ao mundo do trabalho. As reflexões são baseados em um estudo qualitativo que incluiu observação participante em uma cooperativa e entrevistas aos destinatários do Programa Ingreso Social con Trabajo e a informantes qualificados de uma organização política que participa em sua implementação. O artigo desenvolve, em primeiro lugar, a abordagem teórica, que aborda a relação entre identidade no trabalho e políticas sociais. Em seguida, analisa as trajetórias sócioprofissionais dos destinatários, as formas de relacionamento político que se desenrolam na cooperativa e sentidos que indivíduos dão aos trabalhos realizados no âmbito do Programa Ingreso Social con Trabajo, no caso da União Cooperativa do Município de Avellaneda, selecionado como unidade de estudo. A análise realizada expõe que os caminhos socioprofissionais condicionam os sentidos que adquire o trabalho em cooperativas geradas pelo programa. Portanto, enquanto as tarefas do trabalho realizadas são consideradas em todos os casos, um trabalho, a participação nestas unidades de trabalho, não parece habilitar a possibilidade de construção de uma identidade coletiva, ligada com o trabalho associativo e auto-gerido.
This paper analyzes the processes of building work identities of recipients of the Programa Ingreso Social con Trabajo in connection with their participation and membership in cooperatives created by the program. Considering that this work units are promoted by social policy, the article investigates if the identity is defined in relation to social policy or to the workplace. The analysis is based on a qualitative study involving prolonged participant observation in a cooperative and interviews to recipients of the program. This paper develops, first, the theoretical approach from which the relationship between work identity and social policies is analyzed. Then, the article describes socio-occupational paths of the recipients, the forms of political relations developed in the cooperative and the senses that subjects give to the work done under the program. The investigation shows that the career paths make sense that acquires cooperative work created by the program. Therefore, while developing work tasks are considered in all cases a job, participation in these labor units does not seem to have the possibility of building a collective identity, linked to the associative work.
El objetivo de este artículo es analizar los procesos de construcción de identidades laborales de destinatarios del Programa Ingreso Social con Trabajo, en relación con su participación y pertenencia a las cooperativas creadas por dicho programa. Considerando que se trata de experiencias laborales promovidas por una política social, se indaga en qué medida la identidad se define en relación a ésta y cuánto refiere al mundo del trabajo. Las reflexiones que se presentan, se basan en un estudio cualitativo que incluyó la observación participante prolongada en una cooperativa y la realización de entrevistas a destinatarios del Programa Ingreso Social con Trabajo y a referentes de una organización política que participa en su implementación. El artículo desarrolla, en primer lugar, el enfoque teórico a partir del cual se aborda la relación entre identidad laboral y políticas sociales. Luego se analiza el contexto de surgimiento del Programa, las trayectorias socio-ocupacionales de los destinatarios, las formas de relacionamiento político que se despliegan en la cooperativa y los sentidos que los sujetos dan al trabajo que realizan en el marco del Programa Ingreso Social con Trabajo, en el caso de la Cooperativa Unión del municipio de Avellaneda, seleccionada como unidad de estudio. El análisis realizado muestra que las trayectorias socio-ocupacionales marcan los sentidos que adquiere el trabajo en las cooperativas creadas por el Programa. Por ello, si bien las tareas laborales que desarrollan son consideradas en todos los casos un trabajo, la participación en estas singulares unidades laborales, no parece habilitar la posibilidad de construir una identidad colectiva, vinculada con el trabajado asociativo y autogestionado en el marco de la Economía Social.
